quinta-feira, 29 de julho de 2010

Oxalá você fosse a mulher da minha vida. II

Oxalá você fosse a mulher da minha vida;

E compreendesse que “Modigliani” não é um filme sobre a mais forte forma de amor;
Que “Into the Wild” não é sobre a descoberta de si;
Que “Dead Poets Society” não é sobre o despertar de quem queremos ser;
Que “Fight Club” não é sobre um clube de se verdadeiramente ser;

Oxalá, com clareza realizasse que, a verdadeira compreensão destas obras é contraditória à sua aquisição e colecção de prateleira;
Oxalá, você já tivesse visto um destes filmes ou lido um destes livros. Que o tenha feito, apenas uma vez e que, nesta altura, já esteja bem morta;

Morta de verdade.

Oxalá você fosse a mulher da minha vida. I

Oxalá você fosse a mulher da minha vida.

Oxalá, você visse o lance do guarda-redes espanhol Casilhas com a sua namorada e, de comoção, chorasse.

Não porque acreditasse que ali existiria um amor eterno, uma relação sólida ou até mesmo uma cumplicidade especial entre os dois mas, simplesmente, porque, naquele instante, naquele pequeno grande instante, nada mais interessou e, saíram os preconceitos, saíram as noções do espaço social onde estavam inseridos, aí, caiu o “social” o “normal” o “tem de ser” – tudo isso se relativizou, ou se realizou à sua verdadeira importância, à passagem desse grande pasmo amoroso.

Dirão agora os seguidores de Schopenhauer que, nesse instante, tudo não passaria de vontade de preservação da espécie? Pura orientação biológica? Que aquele seria o fim a que se destinaria?
Como estariam enganados.

Oxalá você já tivesse lido Schopenhauer.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ahhh ça me enerve

J’oublie le français.
Petit a petit...
La pont neuf, la rue d'écoles, le sacre cœur, le piano dans la sorbonne, saint malo, giulia, nicolas, reinaldo, le RER, la défense, La Plage..., putain... ça ne reviens plus. Perdu pour toujours, le esprit, le gens, les conversations... comme me manque les conversations... la pensée, la disponibilité, les promenades perdus ici et la, le chansons partagés, le petit riens...
Ici rien se passe. Ici chanqu'un dans son truc.
Ahhh! Ça m’énerve!

domingo, 25 de julho de 2010

Oh... egozinhos...

Oh! Pobres coitados esses egos fragilizados. Coitadinhos que, quando não sabem, em vez de o afirmarem, choram, gritam, esperneiam, contorcem-se, fogem, retraem-se...
É sem dúvida um problema psicológico esse de se chorar, ou invés de se afirmar: "não sei".
Contudo, não do psicológico privado, peculiar, particular. Esta, é uma patologia global.

A que se deve? Será que a uma certa necessidade de segurança, a uma certa necessidade de ter que ter razão para que, com ela, se possa "fundamentar" a sua vida?
A demência, caracteriza-se pela necessidade de se querer "ter razão" a qualquer custo, sem a qual, crê-se, esses "alicerces" sob os quais estão fundadas as suas mais basilares verborreias, cairiam.

Como em todos os jogos, por vezes, há maus perdedores.
O que os egozinhos não sabem é que, primeiro, não há jogo. Não havendo jogo, nada há a perder. E depois, esses alicerces, em que pensam estar fundados, são fumo pálido de uma visão turva num mero relance fugaz.

Paremos, contudo, com este nosso raciocínio que, agora, começa a exigir uma investigação. Isto, claro, para não fragilizarmos os egozinhos.

Coitadinhos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Magnata insistiu em mandar notícias... daquelas... e, por tê-lo feito.... as consequências serão gravíssimas. Reprise. :)

Caro Magnata,

Já que a investigação parece que há muito lhe foi esquecida e tomou posse esse "incómodo" acerca da "burrice alheia" e, para minha tristeza, nada mais do que isso. Lembremos, então, o que é um "processo investigativo" e, no fundo, de que maneira se poderá dar um eureka que, não nos satisfazendo por completo, já faz mais qualquer coisinha.
Desmós
. Pois então.

Há quem há muito, me mande e-mails similares, com artigos similares mas, ao contrário de si que, felizmente, não cai facilmente em esparrelas do suminho, esses outros caem e afirmam com emprestada sapiência: "Este artigo "está lá", como que, querendo dizer, eis aqui: A "VERDADE".

O magnata não o faz. :) Mas também não investiga.

O magnata quer opiniões para ir pensado... eu darei essas opiniões para se ir pensando, de bom grado mas, sempre que, com elas, quisermos efectivamente investigar.
Coisa que, não se tem feito.


Vamos então pegar num desses artigos ao acaso.



O vocábulo “crise” está impregnado de conotações negativas.
Hm...

Em se tratando de uma crise econômica,
VOCÊ ESTÁ A QUERER DESCREVER O QUE É A CRISE, USANDO O TERMO CRISE. ASSIM, NÃO VOU LÁ.

a qual autoridades políticas e intelectuais do mundo inteiro comemoraram o aniversário de um ano esta semana, a situação ainda é pior.
PIOR? QUE QUÊ? QUE A EXPLICAÇÃO NÃO EXPLICADA ANTERIORMENTE?

Vivemos em sociedades ditas Sociedades de Trabalho.
VIVEMOS QUEM? O AMIGO QUE NOS CHAMA DE PAPALAGUI NÃO. ESPECIFICAR A QUEM NOS REFERIMOS QUANDO DIZEMOS VIVEMOS.
NÃO SE TRATARÁ DE TODOS. PARA CONSEGUIRMOS CIRCUNSCREVER O OBJECTO DAQUILO A QUE NOS PROPOMOS INVESTIGAR.

E por toda a evolução tecnológica e seus ganhos de escala, que proporcionaram níveis jamais vistos de satisfação material, nos viciamos no crescimento econômico (crescimento do PIB).
ESTABELEÇA A RELAÇÃO ENTRE EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA (DEFINA-A), GANHOS DE ESCALA (DEFINA) E O PRODUTO INTERNO BRUTO. E ANTES DE USAR PIB, DIGA O QUE SIGNIFICA. SENÃO PODEMOS ESTAR A FALAR DE COISAS DIFERENTES. SB? NC! :D


Basta ver as discussões de política econômica nos noticiários ou nos botecos:
SE APARECE NOS NOTICIÁRIOS OU NOS BOTECOS, ENTÃO É VERDADE? EXPLIQUE.
QUAIS NOTICIÁRIOS E BOTECOS? - CITE.


O PIB tem que crescer, sempre!
FRASE IMPERATIVA. NÃO PODE SER INVESTIGADA.

Na segunda metade do século passado, a teoria econômica se sofisticou – para o bem e para o mal – e parecia ter conseguido criar um arsenal teórico e instrumentos de política econômica capazes de colocar as economias em uma rota de crescimento econômico sustentável,
BONITO. FONTES POR FAVOR.


ou seja, crescimento sem inflação.
DEFINA INFLAÇÃO - PARA EXPLICAR, ATÉ AO FIM, O QUE É ISSO DE CRESCIMENTO ECONÓMICO SUSTENTÁVEL.

Nos últimos dez anos a economia mundial viveu um crescimento econômico de qualidade jamais vista.
FONTES?

Chamou- se este período de “A grande moderação”. Países desenvolvidos e subdesenvolvidos cresceram sem grandes macro-desequilíbrios em suas economias. O comércio internacional aumentou vertiginosamente e viu-se até um aumento de participação dos países em desenvolvidos (China, Índia, Brasil e Rússia) no PIB mundial.
ENA, TANTA COISA. FONTES?

Então, o que foi a crise? Por não ser economista, por achar que as explicações dos economistas mais obscurecem do que esclarecem, e por tentar fazer este blog o menos chato possível - já que se trata de um blog de política e economia (assuntos naturalmente chatos) -, vou apelar ao bom e velho Aurélio (o dicionário) para explicar o que é a crise.

Crise:

1 - Manifestação repentina de ruptura do equilíbrio
AHH!!! EU BEM ME PARECIA QUE AQUELAS CRISES DE DORES PROVOCADAS PELA HÉRNIA QUE SE MA DAVAM ERAM MANIFESTAÇÕES REPENTINAS DE RUPTURA DO EQUILÌBRIO DA HÉRNIA. MANÉEEEEL!!!! VEM CÁ VER ISTO.


Bingo, Aurélio! Foi isso mesmo. Só mudaria o “repentino”, trocando-o por “gradual”. Isto porque a economia mundial se acostumou a crescer impulsionada pela demanda doméstica americana.
FONTE. EXPLIQUE O QUE É ECONOMIA MUNDIAL -> COMO CRESCE -> E DE QUE MANEIRA ESTÁ LIGADA À ECONOMIA DOMÉSTICA. NÃO ESTÁ EXPLICADO.

BOA TENTATIVA DE EXPLICAÇÃO DA RELAÇÃO. TENTATIVA CONTUDO.
Os EUA começaram a recorrer em déficits crônicos e ininterruptos em sua balança comercial (importavam muito mais que exportavam). Concomitantemente, entrou em cena a China e seu “bilhão” de trabalhadores que produzem de tudo, a salários que não dá pra comprar quase nada.
FONTE.

os países superavitários (exportam mais que importam) acumularam reservas em dólares e aplicaram-nas em títulos de dívida do governo americano.
FONTE.

Daí não faltar crédito às famílias americanas para gastarem...
FONTE

E isto sem inflação, o que possibilitou juros baixos por um período excepcionalmente longo. Em suma: um déficit estratosférico de um lado (EUA), um superávit de mesma magnitude do outro (China, Alemanha e países em desenvolvimento). Isso se chama desequilíbrio.
SEM FONTES, ISSO CHAMA-SE É HISTÓRIA (NO SENTIDO DE HISTÓRIA PARA NOS POR A FAZER OHOH)

2 – Fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos acontecimentos, das idéias.

Repare que o Aurélio diz que a crise faz parte de um processo maior, denunciado no vocábulo “evolução”.
O.o - ONDE? VIDE SUPRA... ?!!

Talvez nessa crise as idéias vigentes em nossas sociedades de mercado evoluam.
PORQUÊ?

Talvez seja chegada a hora de superar a dicotomia Estado-Mercado.
PORQUÊ?

É inegável a capacidade de sociedades organizadas economicamente em mercados de compra e venda de produzirem riqueza em larga escala. Porém, essa organização se desenvolveu e ganhou tal complexidade que um sem número de informações foram produzidas/emitidas e fez-se necessário o conhecimento dessas informações tanto para a tomada de decisões eficientes e racionais como também para que os riscos sistêmicos fossem colocados dentro de um nível controlável. Dizendo de maneira simples:
NÃO PRECISA. TEM DE SER DE MANEIRA "DIFICIL" MESMO. TEMOS É QUE DEFINIR BEM AS COISAS.

Os mercados financeiros desenvolveram operações tão sofisticadas que acabaram por colocar os patrimônios de várias instituições financeiras – ditas “grande demais para quebrar” – em risco.
FONTE

A bolha imobiliária só foi o sinal de que havia um conjunto de decisões mal tomadas;
QUAIS FORAM ELAS? FONTE!

e a falência do Lehman Brothers só denunciou que, em conjunto, as várias instituições financeiras estavam sob o risco de uma “parada” sistêmica –
"PARADA" SISTÊMICA - EXPLIQUE PFV.

o que de fato ocorreu, só voltando a funcionar com as monumentais ajudas de liquidez (dinheiro) dos governos mundo afora. As autoridades deverão encontrar uma forma de criar uma legislação que gere (I) o abastecimento de informações necessárias para o funcionamento saudável dos mercados; (II) e que não reprimam a criatividade e a capacidade de aumentar a eficiência na intermediação financeira. O papel do governo é cooperar para que as economias não caiam nos mesmos erros cometidos. Mas devem fazer isto sem comprometer o crescimento ou comprometendo o mínimo possível.
BOA INTRODUÇÃO. VAMOS ENTÃO INVESTIGAR ACERCA DO MODO COMO TAL PODERÁ SER FEITO E, ANTES DE MAIS, PROCURAR ENCONTRAR OS MOTIVOS QUE NOS LEVAM A QUERER CRIAR ESSE SISTEMA?
(SIM SIM, OS MOTIVOS ESTAVAM LÁ ATRÁS MAS, LÁ ATRÁS, ESTAVA UMA HISTÓRIA PARA FAZER OHOH) SEM FONTES NEM DEFINIÇÕES;



3 – Manifestação violenta de um sentimento

Aurélio sabe tudo. O presidente do FED por vinte anos, apelidado de o “maestro”, Alan Greenspan, quando chamado ao senado americano para explicar o que estava acontecendo, disse que havia uma “exuberância irracional dos mercados”.
DEFINA. FONTE DAS CITAÇÕES.

O leitor me permita classificar a irracionalidade como o sentimento mais violento, agressivo e devastador que a espécie humana é capaz. Lord Keynes, expoente economista do século passado e criador da macroeconomia moderna, já falava acerca do “espírito animal” do investidor capitalista.
DEFINA ESPIRITO ANIMAL DO INVESTIDOR CAPITALISTA. EXPLIQUE, E MOSTRE A FFFOOONNTTE!!!!!!!


Grande parte da teoria econômica se baseia na existência de um ser humano racional, utilitário e capaz de tomar decisões que maximizem seu bem estar. Quando o Lehman Brothers quebrou o que se viu foi um colapso e uma irracionalidade generalizada. Os mercados são humanos, demasiado humanos. Auto-regulados? Só os anjos.
AUTO REGULADOS SÓ QUEM? O QUE É DEMASIADO HUMANO?
EM QUE MEDIDA PODE-SE SER DEMASIADO HUMANO?


Pra terminar, nosso amigo Aurélio foi clichê:
PODE ATÉ TER SIDO A MAIOR VERDADE DO MUNDO.
E EU NÃO SEI.




Ahh... saudades da investigação...