Na falta de uma agógica gravíssima que, quanto a mim, faria aqui todo o sentido, partilho esta versão com quem a quiser sentir:
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O sistema
Era uma vez... um pensamento
Não porque o mundo tenha algum controlo ou sistema de controlo.
Mas porque a razão está bruta no pensar e cega no agir.
O sistema. Eles. Os lá de cima. São, tão só, os outros.
Mas... nos outros, estamos nós.
Ao passo que todos, estamos nessa razão.
Assim, entre programação de outros e sentires pensantes, se deambula neste Outono com tez de outrem onde não há chuva de dilúvio nem sol de queima dura, tegumento impregnado em betão e aço.
Coragem.
tecnicómicoque governava o mundo.
Não porque o mundo tenha algum controlo ou sistema de controlo.
Mas porque a razão está bruta no pensar e cega no agir.
O sistema. Eles. Os lá de cima. São, tão só, os outros.
Mas... nos outros, estamos nós.
Ao passo que todos, estamos nessa razão.
Assim, entre programação de outros e sentires pensantes, se deambula neste Outono com tez de outrem onde não há chuva de dilúvio nem sol de queima dura, tegumento impregnado em betão e aço.
Coragem.
sábado, 2 de outubro de 2010
Arre amor porra!
Arre porra! Que me tenho esquecido do amor!
Arre porra! Que se me deito e me esqueço, um dia acordo sem o ver!
Arre porra! Que com tanta maniqueíce adúltera nos podemos olvidar!
Arre porra! Porra! Que do amor que se sabe tão pouco se sente.
Arre porra! Que se releva em mim esse fundamental sentimento.
Arre porra! Que o amor não é amoroso! É tão mais grandioso que isso.
Arre porra! Que também não é figurativo ou metafórico! É puro sentido no cerne daquilo que somos!
Arre porra! Que tantas vezes se troca “amor” por outro “amor” sem nunca nos vermos no amor!
Arre porra! Que o verdadeiro amor é tão só aquele de se verdadeiramente ser.
Arre porra! Que o amor não é matemática do paralelismo, nem da probabilidade estatística.
Arre porra! Que agora compreendo o sentido de amigo, mãe, avó, namorado e de como isso não tem sentido algum!
Arre porra! Que a merda com que estamos atulhados esconde alguma coisa a ser relevada quando tivermos 90 anos!
Arre porra! Que há quem morra sem nunca o sentir!
Arre porra! QUE QUERO GRITAR A TODO O MUNDO que o amor que falo, é o amor verdadeiramente nu, nu da nudez!
Alvíssaras! Pois já sei o que procuro! E isso é tão importante como encontrar!
Arre porra! Que se me deito e me esqueço, um dia acordo sem o ver!
Arre porra! Que com tanta maniqueíce adúltera nos podemos olvidar!
Arre porra! Porra! Que do amor que se sabe tão pouco se sente.
Arre porra! Que se releva em mim esse fundamental sentimento.
Arre porra! Que o amor não é amoroso! É tão mais grandioso que isso.
Arre porra! Que também não é figurativo ou metafórico! É puro sentido no cerne daquilo que somos!
Arre porra! Que tantas vezes se troca “amor” por outro “amor” sem nunca nos vermos no amor!
Arre porra! Que o verdadeiro amor é tão só aquele de se verdadeiramente ser.
Arre porra! Que o amor não é matemática do paralelismo, nem da probabilidade estatística.
Arre porra! Que agora compreendo o sentido de amigo, mãe, avó, namorado e de como isso não tem sentido algum!
Arre porra! Que a merda com que estamos atulhados esconde alguma coisa a ser relevada quando tivermos 90 anos!
Arre porra! Que há quem morra sem nunca o sentir!
Arre porra! QUE QUERO GRITAR A TODO O MUNDO que o amor que falo, é o amor verdadeiramente nu, nu da nudez!
Alvíssaras! Pois já sei o que procuro! E isso é tão importante como encontrar!
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Install Olympus Record - VN-960PC and similar into Ubuntu
1- Download the debian package from here: http://code.google.com/p/odvr/downloads/list
If you run a 64 bits system, take the AMD64 if not, take the i386.
2- Install the package.
3- Connect your Record to the PC (make sure it isn't on hold)
4- Go to the command line and type: sudo odvr and hit enter.
You must see your device listed at this point.
5- Do the following command: sudo odvr -h
from this command you get all the commands that you may run.
Done. :)
Refs:
http://www.piotrkrzyzek.com/olympus-vn-480pc-working-in-linux-odvr/
http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=207104&page=2
If you run a 64 bits system, take the AMD64 if not, take the i386.
2- Install the package.
3- Connect your Record to the PC (make sure it isn't on hold)
4- Go to the command line and type: sudo odvr and hit enter.
You must see your device listed at this point.
5- Do the following command: sudo odvr -h
from this command you get all the commands that you may run.
Done. :)
Refs:
http://www.piotrkrzyzek.com/olympus-vn-480pc-working-in-linux-odvr/
http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=207104&page=2
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes
O AMOR ANTIGO
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade (Amar se aprende amando)
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade (Amar se aprende amando)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Vodafone k4505 on ubuntu 10.04
0) In "Network Connections" select a 3G connection to configure. Leave the default options, and put your sim card PIN.
1) Go to: https://forge.betavine.net/frs/?group_id=12
2) Search for Ubuntu on the list and download and install: usb-modeswitch_0.9.7_i386.deb
3) Done? Next, download and install: ozerocdoff_0.4_i386.deb
4) Done as well? Next, Download and install vodafone-mobile-connect_2.25.01-1_all.deb
5) Connect your Vodafone K4505;
A successful connection should be available. :)
1) Go to: https://forge.betavine.net/frs/?group_id=12
2) Search for Ubuntu on the list and download and install: usb-modeswitch_0.9.7_i386.deb
3) Done? Next, download and install: ozerocdoff_0.4_i386.deb
4) Done as well? Next, Download and install vodafone-mobile-connect_2.25.01-1_all.deb
5) Connect your Vodafone K4505;
A successful connection should be available. :)
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Oxalá você fosse a mulher da minha vida. II
Oxalá você fosse a mulher da minha vida;
E compreendesse que “Modigliani” não é um filme sobre a mais forte forma de amor;
Que “Into the Wild” não é sobre a descoberta de si;
Que “Dead Poets Society” não é sobre o despertar de quem queremos ser;
Que “Fight Club” não é sobre um clube de se verdadeiramente ser;
Oxalá, com clareza realizasse que, a verdadeira compreensão destas obras é contraditória à sua aquisição e colecção de prateleira;
Oxalá, você já tivesse visto um destes filmes ou lido um destes livros. Que o tenha feito, apenas uma vez e que, nesta altura, já esteja bem morta;
Morta de verdade.
E compreendesse que “Modigliani” não é um filme sobre a mais forte forma de amor;
Que “Into the Wild” não é sobre a descoberta de si;
Que “Dead Poets Society” não é sobre o despertar de quem queremos ser;
Que “Fight Club” não é sobre um clube de se verdadeiramente ser;
Oxalá, com clareza realizasse que, a verdadeira compreensão destas obras é contraditória à sua aquisição e colecção de prateleira;
Oxalá, você já tivesse visto um destes filmes ou lido um destes livros. Que o tenha feito, apenas uma vez e que, nesta altura, já esteja bem morta;
Morta de verdade.
Oxalá você fosse a mulher da minha vida. I
Oxalá você fosse a mulher da minha vida.
Oxalá, você visse o lance do guarda-redes espanhol Casilhas com a sua namorada e, de comoção, chorasse.
Não porque acreditasse que ali existiria um amor eterno, uma relação sólida ou até mesmo uma cumplicidade especial entre os dois mas, simplesmente, porque, naquele instante, naquele pequeno grande instante, nada mais interessou e, saíram os preconceitos, saíram as noções do espaço social onde estavam inseridos, aí, caiu o “social” o “normal” o “tem de ser” – tudo isso se relativizou, ou se realizou à sua verdadeira importância, à passagem desse grande pasmo amoroso.
Dirão agora os seguidores de Schopenhauer que, nesse instante, tudo não passaria de vontade de preservação da espécie? Pura orientação biológica? Que aquele seria o fim a que se destinaria?
Como estariam enganados.
Oxalá você já tivesse lido Schopenhauer.
Oxalá, você visse o lance do guarda-redes espanhol Casilhas com a sua namorada e, de comoção, chorasse.
Não porque acreditasse que ali existiria um amor eterno, uma relação sólida ou até mesmo uma cumplicidade especial entre os dois mas, simplesmente, porque, naquele instante, naquele pequeno grande instante, nada mais interessou e, saíram os preconceitos, saíram as noções do espaço social onde estavam inseridos, aí, caiu o “social” o “normal” o “tem de ser” – tudo isso se relativizou, ou se realizou à sua verdadeira importância, à passagem desse grande pasmo amoroso.
Dirão agora os seguidores de Schopenhauer que, nesse instante, tudo não passaria de vontade de preservação da espécie? Pura orientação biológica? Que aquele seria o fim a que se destinaria?
Como estariam enganados.
Oxalá você já tivesse lido Schopenhauer.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Ahhh ça me enerve
J’oublie le français.
Petit a petit...
La pont neuf, la rue d'écoles, le sacre cœur, le piano dans la sorbonne, saint malo, giulia, nicolas, reinaldo, le RER, la défense, La Plage..., putain... ça ne reviens plus. Perdu pour toujours, le esprit, le gens, les conversations... comme me manque les conversations... la pensée, la disponibilité, les promenades perdus ici et la, le chansons partagés, le petit riens...
Ici rien se passe. Ici chanqu'un dans son truc.
Ahhh! Ça m’énerve!
Petit a petit...
La pont neuf, la rue d'écoles, le sacre cœur, le piano dans la sorbonne, saint malo, giulia, nicolas, reinaldo, le RER, la défense, La Plage..., putain... ça ne reviens plus. Perdu pour toujours, le esprit, le gens, les conversations... comme me manque les conversations... la pensée, la disponibilité, les promenades perdus ici et la, le chansons partagés, le petit riens...
Ici rien se passe. Ici chanqu'un dans son truc.
Ahhh! Ça m’énerve!
domingo, 25 de julho de 2010
Oh... egozinhos...
Oh! Pobres coitados esses egos fragilizados. Coitadinhos que, quando não sabem, em vez de o afirmarem, choram, gritam, esperneiam, contorcem-se, fogem, retraem-se...
É sem dúvida um problema psicológico esse de se chorar, ou invés de se afirmar: "não sei".
Contudo, não do psicológico privado, peculiar, particular. Esta, é uma patologia global.
A que se deve? Será que a uma certa necessidade de segurança, a uma certa necessidade de ter que ter razão para que, com ela, se possa "fundamentar" a sua vida?
A demência, caracteriza-se pela necessidade de se querer "ter razão" a qualquer custo, sem a qual, crê-se, esses "alicerces" sob os quais estão fundadas as suas mais basilares verborreias, cairiam.
Como em todos os jogos, por vezes, há maus perdedores.
O que os egozinhos não sabem é que, primeiro, não há jogo. Não havendo jogo, nada há a perder. E depois, esses alicerces, em que pensam estar fundados, são fumo pálido de uma visão turva num mero relance fugaz.
Paremos, contudo, com este nosso raciocínio que, agora, começa a exigir uma investigação. Isto, claro, para não fragilizarmos os egozinhos.
Coitadinhos.
É sem dúvida um problema psicológico esse de se chorar, ou invés de se afirmar: "não sei".
Contudo, não do psicológico privado, peculiar, particular. Esta, é uma patologia global.
A que se deve? Será que a uma certa necessidade de segurança, a uma certa necessidade de ter que ter razão para que, com ela, se possa "fundamentar" a sua vida?
A demência, caracteriza-se pela necessidade de se querer "ter razão" a qualquer custo, sem a qual, crê-se, esses "alicerces" sob os quais estão fundadas as suas mais basilares verborreias, cairiam.
Como em todos os jogos, por vezes, há maus perdedores.
O que os egozinhos não sabem é que, primeiro, não há jogo. Não havendo jogo, nada há a perder. E depois, esses alicerces, em que pensam estar fundados, são fumo pálido de uma visão turva num mero relance fugaz.
Paremos, contudo, com este nosso raciocínio que, agora, começa a exigir uma investigação. Isto, claro, para não fragilizarmos os egozinhos.
Coitadinhos.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
O Magnata insistiu em mandar notícias... daquelas... e, por tê-lo feito.... as consequências serão gravíssimas. Reprise. :)
Caro Magnata,
Já que a investigação parece que há muito lhe foi esquecida e tomou posse esse "incómodo" acerca da "burrice alheia" e, para minha tristeza, nada mais do que isso. Lembremos, então, o que é um "processo investigativo" e, no fundo, de que maneira se poderá dar um eureka que, não nos satisfazendo por completo, já faz mais qualquer coisinha.
Desmós. Pois então.
Há quem há muito, me mande e-mails similares, com artigos similares mas, ao contrário de si que, felizmente, não cai facilmente em esparrelas do suminho, esses outros caem e afirmam com emprestada sapiência: "Este artigo "está lá", como que, querendo dizer, eis aqui: A "VERDADE".
O magnata não o faz. :) Mas também não investiga.
O magnata quer opiniões para ir pensado... eu darei essas opiniões para se ir pensando, de bom grado mas, sempre que, com elas, quisermos efectivamente investigar.
Coisa que, não se tem feito.
Vamos então pegar num desses artigos ao acaso.
O vocábulo “crise” está impregnado de conotações negativas.
Hm...
Em se tratando de uma crise econômica,
VOCÊ ESTÁ A QUERER DESCREVER O QUE É A CRISE, USANDO O TERMO CRISE. ASSIM, NÃO VOU LÁ.
a qual autoridades políticas e intelectuais do mundo inteiro comemoraram o aniversário de um ano esta semana, a situação ainda é pior.
PIOR? QUE QUÊ? QUE A EXPLICAÇÃO NÃO EXPLICADA ANTERIORMENTE?
Vivemos em sociedades ditas Sociedades de Trabalho.
VIVEMOS QUEM? O AMIGO QUE NOS CHAMA DE PAPALAGUI NÃO. ESPECIFICAR A QUEM NOS REFERIMOS QUANDO DIZEMOS VIVEMOS.
NÃO SE TRATARÁ DE TODOS. PARA CONSEGUIRMOS CIRCUNSCREVER O OBJECTO DAQUILO A QUE NOS PROPOMOS INVESTIGAR.
E por toda a evolução tecnológica e seus ganhos de escala, que proporcionaram níveis jamais vistos de satisfação material, nos viciamos no crescimento econômico (crescimento do PIB).
ESTABELEÇA A RELAÇÃO ENTRE EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA (DEFINA-A), GANHOS DE ESCALA (DEFINA) E O PRODUTO INTERNO BRUTO. E ANTES DE USAR PIB, DIGA O QUE SIGNIFICA. SENÃO PODEMOS ESTAR A FALAR DE COISAS DIFERENTES. SB? NC! :D
Basta ver as discussões de política econômica nos noticiários ou nos botecos:
SE APARECE NOS NOTICIÁRIOS OU NOS BOTECOS, ENTÃO É VERDADE? EXPLIQUE.
QUAIS NOTICIÁRIOS E BOTECOS? - CITE.
O PIB tem que crescer, sempre!
FRASE IMPERATIVA. NÃO PODE SER INVESTIGADA.
Na segunda metade do século passado, a teoria econômica se sofisticou – para o bem e para o mal – e parecia ter conseguido criar um arsenal teórico e instrumentos de política econômica capazes de colocar as economias em uma rota de crescimento econômico sustentável,
BONITO. FONTES POR FAVOR.
ou seja, crescimento sem inflação.
DEFINA INFLAÇÃO - PARA EXPLICAR, ATÉ AO FIM, O QUE É ISSO DE CRESCIMENTO ECONÓMICO SUSTENTÁVEL.
Nos últimos dez anos a economia mundial viveu um crescimento econômico de qualidade jamais vista.
FONTES?
Chamou- se este período de “A grande moderação”. Países desenvolvidos e subdesenvolvidos cresceram sem grandes macro-desequilíbrios em suas economias. O comércio internacional aumentou vertiginosamente e viu-se até um aumento de participação dos países em desenvolvidos (China, Índia, Brasil e Rússia) no PIB mundial.
ENA, TANTA COISA. FONTES?
Então, o que foi a crise? Por não ser economista, por achar que as explicações dos economistas mais obscurecem do que esclarecem, e por tentar fazer este blog o menos chato possível - já que se trata de um blog de política e economia (assuntos naturalmente chatos) -, vou apelar ao bom e velho Aurélio (o dicionário) para explicar o que é a crise.
Crise:
1 - Manifestação repentina de ruptura do equilíbrio
AHH!!! EU BEM ME PARECIA QUE AQUELAS CRISES DE DORES PROVOCADAS PELA HÉRNIA QUE SE MA DAVAM ERAM MANIFESTAÇÕES REPENTINAS DE RUPTURA DO EQUILÌBRIO DA HÉRNIA. MANÉEEEEL!!!! VEM CÁ VER ISTO.
Bingo, Aurélio! Foi isso mesmo. Só mudaria o “repentino”, trocando-o por “gradual”. Isto porque a economia mundial se acostumou a crescer impulsionada pela demanda doméstica americana.
FONTE. EXPLIQUE O QUE É ECONOMIA MUNDIAL -> COMO CRESCE -> E DE QUE MANEIRA ESTÁ LIGADA À ECONOMIA DOMÉSTICA. NÃO ESTÁ EXPLICADO.
BOA TENTATIVA DE EXPLICAÇÃO DA RELAÇÃO. TENTATIVA CONTUDO.
Os EUA começaram a recorrer em déficits crônicos e ininterruptos em sua balança comercial (importavam muito mais que exportavam). Concomitantemente, entrou em cena a China e seu “bilhão” de trabalhadores que produzem de tudo, a salários que não dá pra comprar quase nada.
FONTE.
os países superavitários (exportam mais que importam) acumularam reservas em dólares e aplicaram-nas em títulos de dívida do governo americano.
FONTE.
Daí não faltar crédito às famílias americanas para gastarem...
FONTE
E isto sem inflação, o que possibilitou juros baixos por um período excepcionalmente longo. Em suma: um déficit estratosférico de um lado (EUA), um superávit de mesma magnitude do outro (China, Alemanha e países em desenvolvimento). Isso se chama desequilíbrio.
SEM FONTES, ISSO CHAMA-SE É HISTÓRIA (NO SENTIDO DE HISTÓRIA PARA NOS POR A FAZER OHOH)
2 – Fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos acontecimentos, das idéias.
Repare que o Aurélio diz que a crise faz parte de um processo maior, denunciado no vocábulo “evolução”.
O.o - ONDE? VIDE SUPRA... ?!!
Talvez nessa crise as idéias vigentes em nossas sociedades de mercado evoluam.
PORQUÊ?
Talvez seja chegada a hora de superar a dicotomia Estado-Mercado.
PORQUÊ?
É inegável a capacidade de sociedades organizadas economicamente em mercados de compra e venda de produzirem riqueza em larga escala. Porém, essa organização se desenvolveu e ganhou tal complexidade que um sem número de informações foram produzidas/emitidas e fez-se necessário o conhecimento dessas informações tanto para a tomada de decisões eficientes e racionais como também para que os riscos sistêmicos fossem colocados dentro de um nível controlável. Dizendo de maneira simples:
NÃO PRECISA. TEM DE SER DE MANEIRA "DIFICIL" MESMO. TEMOS É QUE DEFINIR BEM AS COISAS.
Os mercados financeiros desenvolveram operações tão sofisticadas que acabaram por colocar os patrimônios de várias instituições financeiras – ditas “grande demais para quebrar” – em risco.
FONTE
A bolha imobiliária só foi o sinal de que havia um conjunto de decisões mal tomadas;
QUAIS FORAM ELAS? FONTE!
e a falência do Lehman Brothers só denunciou que, em conjunto, as várias instituições financeiras estavam sob o risco de uma “parada” sistêmica –
"PARADA" SISTÊMICA - EXPLIQUE PFV.
o que de fato ocorreu, só voltando a funcionar com as monumentais ajudas de liquidez (dinheiro) dos governos mundo afora. As autoridades deverão encontrar uma forma de criar uma legislação que gere (I) o abastecimento de informações necessárias para o funcionamento saudável dos mercados; (II) e que não reprimam a criatividade e a capacidade de aumentar a eficiência na intermediação financeira. O papel do governo é cooperar para que as economias não caiam nos mesmos erros cometidos. Mas devem fazer isto sem comprometer o crescimento ou comprometendo o mínimo possível.
BOA INTRODUÇÃO. VAMOS ENTÃO INVESTIGAR ACERCA DO MODO COMO TAL PODERÁ SER FEITO E, ANTES DE MAIS, PROCURAR ENCONTRAR OS MOTIVOS QUE NOS LEVAM A QUERER CRIAR ESSE SISTEMA?
(SIM SIM, OS MOTIVOS ESTAVAM LÁ ATRÁS MAS, LÁ ATRÁS, ESTAVA UMA HISTÓRIA PARA FAZER OHOH) SEM FONTES NEM DEFINIÇÕES;
3 – Manifestação violenta de um sentimento
Aurélio sabe tudo. O presidente do FED por vinte anos, apelidado de o “maestro”, Alan Greenspan, quando chamado ao senado americano para explicar o que estava acontecendo, disse que havia uma “exuberância irracional dos mercados”.
DEFINA. FONTE DAS CITAÇÕES.
O leitor me permita classificar a irracionalidade como o sentimento mais violento, agressivo e devastador que a espécie humana é capaz. Lord Keynes, expoente economista do século passado e criador da macroeconomia moderna, já falava acerca do “espírito animal” do investidor capitalista.
DEFINA ESPIRITO ANIMAL DO INVESTIDOR CAPITALISTA. EXPLIQUE, E MOSTRE A FFFOOONNTTE!!!!!!!
Grande parte da teoria econômica se baseia na existência de um ser humano racional, utilitário e capaz de tomar decisões que maximizem seu bem estar. Quando o Lehman Brothers quebrou o que se viu foi um colapso e uma irracionalidade generalizada. Os mercados são humanos, demasiado humanos. Auto-regulados? Só os anjos.
AUTO REGULADOS SÓ QUEM? O QUE É DEMASIADO HUMANO?
EM QUE MEDIDA PODE-SE SER DEMASIADO HUMANO?
Pra terminar, nosso amigo Aurélio foi clichê:
PODE ATÉ TER SIDO A MAIOR VERDADE DO MUNDO.
E EU NÃO SEI.
Ahh... saudades da investigação...
Já que a investigação parece que há muito lhe foi esquecida e tomou posse esse "incómodo" acerca da "burrice alheia" e, para minha tristeza, nada mais do que isso. Lembremos, então, o que é um "processo investigativo" e, no fundo, de que maneira se poderá dar um eureka que, não nos satisfazendo por completo, já faz mais qualquer coisinha.
Desmós. Pois então.
Há quem há muito, me mande e-mails similares, com artigos similares mas, ao contrário de si que, felizmente, não cai facilmente em esparrelas do suminho, esses outros caem e afirmam com emprestada sapiência: "Este artigo "está lá", como que, querendo dizer, eis aqui: A "VERDADE".
O magnata não o faz. :) Mas também não investiga.
O magnata quer opiniões para ir pensado... eu darei essas opiniões para se ir pensando, de bom grado mas, sempre que, com elas, quisermos efectivamente investigar.
Coisa que, não se tem feito.
Vamos então pegar num desses artigos ao acaso.
O vocábulo “crise” está impregnado de conotações negativas.
Hm...
Em se tratando de uma crise econômica,
VOCÊ ESTÁ A QUERER DESCREVER O QUE É A CRISE, USANDO O TERMO CRISE. ASSIM, NÃO VOU LÁ.
a qual autoridades políticas e intelectuais do mundo inteiro comemoraram o aniversário de um ano esta semana, a situação ainda é pior.
PIOR? QUE QUÊ? QUE A EXPLICAÇÃO NÃO EXPLICADA ANTERIORMENTE?
Vivemos em sociedades ditas Sociedades de Trabalho.
VIVEMOS QUEM? O AMIGO QUE NOS CHAMA DE PAPALAGUI NÃO. ESPECIFICAR A QUEM NOS REFERIMOS QUANDO DIZEMOS VIVEMOS.
NÃO SE TRATARÁ DE TODOS. PARA CONSEGUIRMOS CIRCUNSCREVER O OBJECTO DAQUILO A QUE NOS PROPOMOS INVESTIGAR.
E por toda a evolução tecnológica e seus ganhos de escala, que proporcionaram níveis jamais vistos de satisfação material, nos viciamos no crescimento econômico (crescimento do PIB).
ESTABELEÇA A RELAÇÃO ENTRE EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA (DEFINA-A), GANHOS DE ESCALA (DEFINA) E O PRODUTO INTERNO BRUTO. E ANTES DE USAR PIB, DIGA O QUE SIGNIFICA. SENÃO PODEMOS ESTAR A FALAR DE COISAS DIFERENTES. SB? NC! :D
Basta ver as discussões de política econômica nos noticiários ou nos botecos:
SE APARECE NOS NOTICIÁRIOS OU NOS BOTECOS, ENTÃO É VERDADE? EXPLIQUE.
QUAIS NOTICIÁRIOS E BOTECOS? - CITE.
O PIB tem que crescer, sempre!
FRASE IMPERATIVA. NÃO PODE SER INVESTIGADA.
Na segunda metade do século passado, a teoria econômica se sofisticou – para o bem e para o mal – e parecia ter conseguido criar um arsenal teórico e instrumentos de política econômica capazes de colocar as economias em uma rota de crescimento econômico sustentável,
BONITO. FONTES POR FAVOR.
ou seja, crescimento sem inflação.
DEFINA INFLAÇÃO - PARA EXPLICAR, ATÉ AO FIM, O QUE É ISSO DE CRESCIMENTO ECONÓMICO SUSTENTÁVEL.
Nos últimos dez anos a economia mundial viveu um crescimento econômico de qualidade jamais vista.
FONTES?
Chamou- se este período de “A grande moderação”. Países desenvolvidos e subdesenvolvidos cresceram sem grandes macro-desequilíbrios em suas economias. O comércio internacional aumentou vertiginosamente e viu-se até um aumento de participação dos países em desenvolvidos (China, Índia, Brasil e Rússia) no PIB mundial.
ENA, TANTA COISA. FONTES?
Então, o que foi a crise? Por não ser economista, por achar que as explicações dos economistas mais obscurecem do que esclarecem, e por tentar fazer este blog o menos chato possível - já que se trata de um blog de política e economia (assuntos naturalmente chatos) -, vou apelar ao bom e velho Aurélio (o dicionário) para explicar o que é a crise.
Crise:
1 - Manifestação repentina de ruptura do equilíbrio
AHH!!! EU BEM ME PARECIA QUE AQUELAS CRISES DE DORES PROVOCADAS PELA HÉRNIA QUE SE MA DAVAM ERAM MANIFESTAÇÕES REPENTINAS DE RUPTURA DO EQUILÌBRIO DA HÉRNIA. MANÉEEEEL!!!! VEM CÁ VER ISTO.
Bingo, Aurélio! Foi isso mesmo. Só mudaria o “repentino”, trocando-o por “gradual”. Isto porque a economia mundial se acostumou a crescer impulsionada pela demanda doméstica americana.
FONTE. EXPLIQUE O QUE É ECONOMIA MUNDIAL -> COMO CRESCE -> E DE QUE MANEIRA ESTÁ LIGADA À ECONOMIA DOMÉSTICA. NÃO ESTÁ EXPLICADO.
BOA TENTATIVA DE EXPLICAÇÃO DA RELAÇÃO. TENTATIVA CONTUDO.
Os EUA começaram a recorrer em déficits crônicos e ininterruptos em sua balança comercial (importavam muito mais que exportavam). Concomitantemente, entrou em cena a China e seu “bilhão” de trabalhadores que produzem de tudo, a salários que não dá pra comprar quase nada.
FONTE.
os países superavitários (exportam mais que importam) acumularam reservas em dólares e aplicaram-nas em títulos de dívida do governo americano.
FONTE.
Daí não faltar crédito às famílias americanas para gastarem...
FONTE
E isto sem inflação, o que possibilitou juros baixos por um período excepcionalmente longo. Em suma: um déficit estratosférico de um lado (EUA), um superávit de mesma magnitude do outro (China, Alemanha e países em desenvolvimento). Isso se chama desequilíbrio.
SEM FONTES, ISSO CHAMA-SE É HISTÓRIA (NO SENTIDO DE HISTÓRIA PARA NOS POR A FAZER OHOH)
2 – Fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos acontecimentos, das idéias.
Repare que o Aurélio diz que a crise faz parte de um processo maior, denunciado no vocábulo “evolução”.
O.o - ONDE? VIDE SUPRA... ?!!
Talvez nessa crise as idéias vigentes em nossas sociedades de mercado evoluam.
PORQUÊ?
Talvez seja chegada a hora de superar a dicotomia Estado-Mercado.
PORQUÊ?
É inegável a capacidade de sociedades organizadas economicamente em mercados de compra e venda de produzirem riqueza em larga escala. Porém, essa organização se desenvolveu e ganhou tal complexidade que um sem número de informações foram produzidas/emitidas e fez-se necessário o conhecimento dessas informações tanto para a tomada de decisões eficientes e racionais como também para que os riscos sistêmicos fossem colocados dentro de um nível controlável. Dizendo de maneira simples:
NÃO PRECISA. TEM DE SER DE MANEIRA "DIFICIL" MESMO. TEMOS É QUE DEFINIR BEM AS COISAS.
Os mercados financeiros desenvolveram operações tão sofisticadas que acabaram por colocar os patrimônios de várias instituições financeiras – ditas “grande demais para quebrar” – em risco.
FONTE
A bolha imobiliária só foi o sinal de que havia um conjunto de decisões mal tomadas;
QUAIS FORAM ELAS? FONTE!
e a falência do Lehman Brothers só denunciou que, em conjunto, as várias instituições financeiras estavam sob o risco de uma “parada” sistêmica –
"PARADA" SISTÊMICA - EXPLIQUE PFV.
o que de fato ocorreu, só voltando a funcionar com as monumentais ajudas de liquidez (dinheiro) dos governos mundo afora. As autoridades deverão encontrar uma forma de criar uma legislação que gere (I) o abastecimento de informações necessárias para o funcionamento saudável dos mercados; (II) e que não reprimam a criatividade e a capacidade de aumentar a eficiência na intermediação financeira. O papel do governo é cooperar para que as economias não caiam nos mesmos erros cometidos. Mas devem fazer isto sem comprometer o crescimento ou comprometendo o mínimo possível.
BOA INTRODUÇÃO. VAMOS ENTÃO INVESTIGAR ACERCA DO MODO COMO TAL PODERÁ SER FEITO E, ANTES DE MAIS, PROCURAR ENCONTRAR OS MOTIVOS QUE NOS LEVAM A QUERER CRIAR ESSE SISTEMA?
(SIM SIM, OS MOTIVOS ESTAVAM LÁ ATRÁS MAS, LÁ ATRÁS, ESTAVA UMA HISTÓRIA PARA FAZER OHOH) SEM FONTES NEM DEFINIÇÕES;
3 – Manifestação violenta de um sentimento
Aurélio sabe tudo. O presidente do FED por vinte anos, apelidado de o “maestro”, Alan Greenspan, quando chamado ao senado americano para explicar o que estava acontecendo, disse que havia uma “exuberância irracional dos mercados”.
DEFINA. FONTE DAS CITAÇÕES.
O leitor me permita classificar a irracionalidade como o sentimento mais violento, agressivo e devastador que a espécie humana é capaz. Lord Keynes, expoente economista do século passado e criador da macroeconomia moderna, já falava acerca do “espírito animal” do investidor capitalista.
DEFINA ESPIRITO ANIMAL DO INVESTIDOR CAPITALISTA. EXPLIQUE, E MOSTRE A FFFOOONNTTE!!!!!!!
Grande parte da teoria econômica se baseia na existência de um ser humano racional, utilitário e capaz de tomar decisões que maximizem seu bem estar. Quando o Lehman Brothers quebrou o que se viu foi um colapso e uma irracionalidade generalizada. Os mercados são humanos, demasiado humanos. Auto-regulados? Só os anjos.
AUTO REGULADOS SÓ QUEM? O QUE É DEMASIADO HUMANO?
EM QUE MEDIDA PODE-SE SER DEMASIADO HUMANO?
Pra terminar, nosso amigo Aurélio foi clichê:
PODE ATÉ TER SIDO A MAIOR VERDADE DO MUNDO.
E EU NÃO SEI.
Ahh... saudades da investigação...
terça-feira, 6 de abril de 2010
L'oublie de l'être.
L'oublie de l'être.
É assim que me recordo dele. E é assim que vou pensando, de quando em vez, nestas 5 palavras que, na minha mente, vão ressoando com frequência.
Sim, Heidegger tem a sua importância mas, aqui, permitam-me, jogo o jogo de Descartes - olho uma palavra, uma capa, uma imagem, e penso - sem mais analisar, sem mais querer aprofundar o interior do livro que a contém.
Não se confunda, contudo, o resultado desde jogo com: um desprezo ignorante, preconceituoso, pouco sério ou pouco rigoroso. Não se trata de julgar, de retirar mérito, de ser impreciso ou até desrespeitoso para com o co-autor desta ordem de 5 palavras. Trata-se de pensar de novo com toda a legitimidade e honestidade, não para com o autor mas, para com o sujeito que pensa. Assim, avancemos.
Não se trata do esquecimento de um certo Ser (Deus) pois disso, nada se parece poder verdadeiramente dizer ou fundar-se sobre a menos, claro, que sejamos crentes e estejamos fundados na fé.
Mas nem todos o são e, talvez muito menos sejam aqueles que, de facto, o são, isto é, aqueles que, de facto, orientam a sua vida em torno de uma determinada ideia como seja, a ideia de Deus.
Antes, leio e penso “o esquecimento do ser” como um grito de alerta para toda a humanidade em geral.
Associo-o a um “não querer saber”. É uma associação inegável. Ser/Saber. Presunção de filósofo. Talvez. Mas, procuremos esclarecer.
Este esquecimento do ser revoltante (no espírito do mundo, bem como no espírito de quem o vê à luz da clarividência) é um esquecimento daquilo que “verdadeiramente é (mas atenção ou tempo, que não estamos apenas a falar de um é presente)”.
A dificuldade maior desta questão, prender-se-á talvez, com a razão para tal esquecimento do ser. Será um esquecimento por desleixo, desprezo, ignorância, medo? Deixemos por ora esta questão.
O ser-humano é, hoje, complexo e plural nos livros de antropologia filosófica. Em que outro lugar se pensa o ser, do ser-humano, em toda a sua potencialidade? A realização do ser deve-se, tão só, à realização da sua frustração (não completude). Esqueceu-se que o ser humano, afinal, é potencialidade mais do que mera facticidade profissional. Esqueceu-se que o ser humano deve ambicionar não apenas sentir mas SER tudo de todas as maneiras. Mas este dever ambicionar não se torna verdadeiramente ambição se, com ele, não co-existir (de forma não-latente, presente, capaz, passível) a realização mesma, daquilo que se ambiciona.
Ah... talvez também, o esquecimento do ser não se fique pelo ser que é humano. O esquecimento do ser por parte do ser humano com razão, e que transparece nas acções limitadas da sua potencialidade, quando este interage no mundo é, também, resultado do esquecimento do ser das coisas.
A primazia da funcionalidade preenche, hoje, todo o leque daquilo que é, será, foi, e poderá ser. Assim, a caneta É um instrumento de escrita. Mas nunca será/foi/é uma arma? Mas nunca será/foi/é um tubo? Mas nunca será/foi/é um foco de luz? Mas nunca será/foi/é um utensílio capilar?
“Ah sim…” - responderão - “Numa determinada circunstância, e agora que fala nisso, poderá ser sim…” e aqui, nesta pequena expressão, reside a expressividade desse esquecimento.
Sabe-se da potencialidade do ser mas, esquece-se.
É assim que me recordo dele. E é assim que vou pensando, de quando em vez, nestas 5 palavras que, na minha mente, vão ressoando com frequência.
Sim, Heidegger tem a sua importância mas, aqui, permitam-me, jogo o jogo de Descartes - olho uma palavra, uma capa, uma imagem, e penso - sem mais analisar, sem mais querer aprofundar o interior do livro que a contém.
Não se confunda, contudo, o resultado desde jogo com: um desprezo ignorante, preconceituoso, pouco sério ou pouco rigoroso. Não se trata de julgar, de retirar mérito, de ser impreciso ou até desrespeitoso para com o co-autor desta ordem de 5 palavras. Trata-se de pensar de novo com toda a legitimidade e honestidade, não para com o autor mas, para com o sujeito que pensa. Assim, avancemos.
Não se trata do esquecimento de um certo Ser (Deus) pois disso, nada se parece poder verdadeiramente dizer ou fundar-se sobre a menos, claro, que sejamos crentes e estejamos fundados na fé.
Mas nem todos o são e, talvez muito menos sejam aqueles que, de facto, o são, isto é, aqueles que, de facto, orientam a sua vida em torno de uma determinada ideia como seja, a ideia de Deus.
Antes, leio e penso “o esquecimento do ser” como um grito de alerta para toda a humanidade em geral.
Associo-o a um “não querer saber”. É uma associação inegável. Ser/Saber. Presunção de filósofo. Talvez. Mas, procuremos esclarecer.
Este esquecimento do ser revoltante (no espírito do mundo, bem como no espírito de quem o vê à luz da clarividência) é um esquecimento daquilo que “verdadeiramente é (mas atenção ou tempo, que não estamos apenas a falar de um é presente)”.
A dificuldade maior desta questão, prender-se-á talvez, com a razão para tal esquecimento do ser. Será um esquecimento por desleixo, desprezo, ignorância, medo? Deixemos por ora esta questão.
O ser-humano é, hoje, complexo e plural nos livros de antropologia filosófica. Em que outro lugar se pensa o ser, do ser-humano, em toda a sua potencialidade? A realização do ser deve-se, tão só, à realização da sua frustração (não completude). Esqueceu-se que o ser humano, afinal, é potencialidade mais do que mera facticidade profissional. Esqueceu-se que o ser humano deve ambicionar não apenas sentir mas SER tudo de todas as maneiras. Mas este dever ambicionar não se torna verdadeiramente ambição se, com ele, não co-existir (de forma não-latente, presente, capaz, passível) a realização mesma, daquilo que se ambiciona.
Ah... talvez também, o esquecimento do ser não se fique pelo ser que é humano. O esquecimento do ser por parte do ser humano com razão, e que transparece nas acções limitadas da sua potencialidade, quando este interage no mundo é, também, resultado do esquecimento do ser das coisas.
A primazia da funcionalidade preenche, hoje, todo o leque daquilo que é, será, foi, e poderá ser. Assim, a caneta É um instrumento de escrita. Mas nunca será/foi/é uma arma? Mas nunca será/foi/é um tubo? Mas nunca será/foi/é um foco de luz? Mas nunca será/foi/é um utensílio capilar?
“Ah sim…” - responderão - “Numa determinada circunstância, e agora que fala nisso, poderá ser sim…” e aqui, nesta pequena expressão, reside a expressividade desse esquecimento.
Sabe-se da potencialidade do ser mas, esquece-se.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Pensando o pensar
Falemos, näo de um pensar do Mundo, näo de um pensar Ocidental, näo de um pensar Oriental, germânico, anglïstico, francês... Recusamos, assim, todo e qualquer pensar geograficamente engavetado, emoldurado, onde as excepcöes säo tantas e onde, apenas um contra-exemplo bastará para destruir uma proposicäo que se pretenda Universal;
Falamos, contudo, de um pensar que nos rodeia, seja ele por vezes humano ou näo, por vezes germânico ou näo, por vezes portuguës ou näo.
Notemos, também, que recusamos um pensar do mundo do tipo universal, nessa tal estranha figura da unidade.
Circunscrevemo-nos, assim, ao pensar que nos rodeia, cabendo pois, a quem a este pensamento se identificar, estabelecer as ligacöes que encontrar necessárias.
Falamos, contudo, de um pensar que nos rodeia, seja ele por vezes humano ou näo, por vezes germânico ou näo, por vezes portuguës ou näo.
Notemos, também, que recusamos um pensar do mundo do tipo universal, nessa tal estranha figura da unidade.
Circunscrevemo-nos, assim, ao pensar que nos rodeia, cabendo pois, a quem a este pensamento se identificar, estabelecer as ligacöes que encontrar necessárias.
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